GOVERNO REAJUSTA VALOR DO BOLSA FAMÍLIA; MEDIDA ESTIMULA ECONOMIA, AVALIA VACCAREZZA

O governo federal reajustou em 9,68% o valor do benefício do programa Bolsa Família. O decreto presidencial foi publicado na sexta-feira (31) no Diário Oficial da União. O valor básico do benefício passa, a partir do dia 1º de setembro, de R$ 62 para R$ 68, e o benefício variável, pago de acordo com o número de crianças, passa de R$ 20 para R$ 22. O benefício vinculado aos adolescentes, que era de R$ 30, passa para R$ 33 por adolescente, até o limite de R$ 66 por família.
A partir do dia 1º de setembro, 11 milhões de famílias atendidas pelo programa poderão sacar os valores já alterados. O reajuste corresponde ao aumento de preço dos alimentos que ocorreu nos últimos meses e foi feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
Principal programa social do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Bolsa Família, atende mais de 11 milhões de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, caracterizadas pela renda familiar mensal per capita entre R$ 140 e R$ 70, respectivamente.
O líder do PT na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (SP), disse que o governo Lula age certo ao aumentar o valor dos benefícios pagos a famílias de baixa renda. “O Bolsa Família é um programa de desenvolvimento econômico, que traz milhões de pessoas para o mercado. Portanto, num momento de crise, esse aumento é muito bem-vindo”, declarou.
A previsão é que o reajuste dos benefícios custe aos cofres públicos R$ 1,19 bilhão a mais por ano. Recursos – Após participar de um programa de rádio na semana passada, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, alegou que serão necessários recursos adicionais para cobrir a expansão do número de beneficiários do Bolsa Família este ano e não para cobrir os custos do reajuste. O Bolsa Família começou o ano atendendo a 11,1 milhões de famílias e, em outubro, já estará atendendo a 12,4 milhões. O orçamento inicial é de R$ 11,4 bilhões.
“Estamos revisando todas as contas. É possível que precisemos colocar um pouco mais de dinheiro no orçamento por conta disso (ampliação do número de famílias), independente do reajuste do Bolsa Família”, afirmou o ministro.
Para Paulo Bernardo, o programa pesa pouco nas contas públicas. “ Se você contar o tamanho das contas federais, o Bolsa Família tem até um valor relativamente pequeno no orçamento”. Paulo Bernardo defendeu a importância do Bolsa Família como contraponto à crise econômica. E cutucou a oposição. “Quando o presidente Lula resolveu criar a Bolsa Família, a partir da unificação de vários programas sociais, vários deles (da oposição) diziam que isso era esmola, assistencialismo, um equívoco. Hoje, estou convencido e acho que qualquer comerciante de São Gonçalo vai concordar comigo: o Bolsa Família teve um peso extraordinariamente importante nessa crise. Ele teve um peso econômico porque as famílias de baixa renda não só mantiveram a sua demanda no comércio como até aumentaram”, disse Bernardo.
Fonte:www.ptnacamara.org.br

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